Refletindo:
O mundo tal como se apresenta hoje é bem diferente de épocas anteriores.
Com o avanço da tecnologia, paralelamente o aparecimento das redes sociais,
desenvolvimento da web 2.0 a forma como comunicamos com os outros, como estamos
conectados, como recebemos a informação é também muito diferente.
Como educadores temos consciência que a educação tem que acompanhar toda
esta constante mudança. Como podemos ler no texto de José Moreira e Angélica
Monteiro:
“…para que os professores fiquem in,
evitando que os estudantes fiquem out, e possa, dar uma resposta efectiva aos
desafios que a introdução dessas ferramentas no ensino colocam, deverão ser
desencadeados processos educativos destinados a melhorar e a desenvolver sua
qualidade profissional…”
É preciso então repensar sobre este novo paradigma da educação e dar
ferramentas para os professores se possam capacitar e assim abraçar estas novas
metodologias, para acompanhar esta metamorfose, seja através do modelo
TPACK ou outros se existirem!
Quando me inscrevi nesta formação pensei que esta se remeteria, somente, a apresentar-nos
um leque de novas aplicações e/ou plataformas educativas, etc. Nesta fase, e
apesar da minha pouca disponibilidade e consequente falha no acompanhamento da
mesma, outras questões, não menos importantes, têm começado a surgir. Questões
essas que serão certamente pontos de partida para novas investigações ou coinvestigações
e assim novas reflexões e aprendizagens.
O que é então este novo paradigma da educação aberta e em rede, que nos “incumbiu”
com esta nova forma de aprendizagem: coaprendizagem. Uma aprendizagem
aberta e colaborativa como nos referem Okada e Dias, embora outros autores
já o tivessem referido.
Faz todo o sentido! Maior parte do nosso tempo estamos conectados em rede,
a trocar informações, por vezes a construir conhecimentos em espaços informais
ou formais, cabe à escola, à educação, aos professores aproveitarem esses espaços
e fomentar neles oportunidades de construção de conhecimento.
Fugindo um pouco para o campo pessoal, é interessante perceber que se não
fosse esta educação aberta e em rede eu não estaria, deste modo, a desenvolver
este trabalho, e a acrescentar algo à minha literacia digital.
Primeiro porque tive a oportunidade de me inscrever não estando no meu país, ultrapassando,
portanto, qualquer barreira física. Tendo o livro físico esgotado, não fosse
esta abertura
eu não conseguiria obter o e-book em minutos e descarregá-lo para o meu tablet
podendo assim tentar recuperar o tempo perdido. Não fosse também a flexibilidade
da educação aberta e em rede eu não conseguiria, tentar acompanhar a formação,
como tenho feito, entre viagens para o trabalho, ou agora, servindo-me do meu
tablet e/ou telemóvel, entre turnos noturnos, para aceder a e-books, sites, e até
atualizar o meu blog, tudo isto em qualquer lugar!!!
Não esquecendo o valor da inclusividade que carateriza a
educação aberta e em rede, qualquer pessoa pode aprender o que quiser, temos a
informação à distância de um click. Digo informação e não conhecimento, porque
nem sempre estas situações resultam em aquisição de conhecimento, e é aqui que é
importante começarmos a falar da mediação social e cognitiva que são tão emergentes.
Como fazê-lo? Espero ter algo mais a dizer nos próximos dias….
DIAS, Paulo
(2013) – Inovação pedagógica para a
sustentabilidade da educação aberta e em rede, Educação, Formação e
Teconologias (jilho/Dezembro, 2013), 4-14.
MONTEIRO, Angélica e MOREIRA, José (2015) – Formação e ferramentas colaborativas para a
docência na web social, Ver. Diálogo Educa., Volume 15, Número 45,
p.379-397, maio/ago.2015. OKADA,
Alexandra (2014) – Competências-chave Para
Coaprendizagem na Era Digital, Coleção Estudos Pedagógicos – Dinâmicas Educacionais
Contemporâneas, e-book, Editores J. António Moreira e António Gomes Ferreira,
Santo Tirso: whitebooks.